Quais problemas uma destinação incorreta de resíduos de saúde pode gerar para a população?

Presente em todo tipo de ambiente que esteja relacionado de alguma maneira com a área da saúde, os resíduos provenientes dessas atividades podem causar sérios danos para a sociedade de uma maneira geral caso não sejam descartados da maneira correta. 

O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde (PGRSS), por sua vez, é o órgão que atua na regulamentação de todo o processo de gerenciamento desses resíduos, desde a geração até a destinação final. E o principal objetivo da PGRSS é justamente diminuir os riscos que os resíduos da área da saúde podem oferecer ao meio ambiente. 

Nesse artigo, iremos te mostrar quais problemas uma destinação incorreta de resíduos da área da saúde podem causar ao meio ambiente. 

O que são resíduos de saúde? 

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), resíduos de saúde são todos aqueles gerados em consultórios médicos, laboratórios, centros de pesquisas, estabelecimento de saúde, etc. 

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) já expande mais ainda essa definição. O órgão, a partir das legislações RDC ANVISA 306 de 2004 e a Resolução CONAMA 358 de 200, define como resíduos de saúde aqueles gerados em atividades de: 

 

  • Serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo
  • Laboratórios analíticos de produtos para a saúde
  • Necrotérios
  • Funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento
  • Serviços de medicina legal
  • Drogarias e farmácias inclusive as de manipulação
  • Estabelecimentos de ensino e pesquisa na área da saúde
  • Centro de controle de zoonoses
  • Distribuidores de produtos farmacêuticos
  • Importadores, distribuidores produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro
  • Unidades móveis de atendimento à saúde;
  • Serviços de acupuntura
  • Serviços de tatuagem
  • Outros similares

 

Quais os tipos de resíduos de saúde? 

O perfil dos resíduos de saúde é extremamente heterogêneo e diversificado. Portanto, para que o manuseio dos mesmos seja realizado de maneira correta, evitando problemas na destinação, é de extrema importância que os resíduos sejam classificados de maneira correta. 

Os resíduos de saúde são classificados de acordo com as suas principais características e riscos ao meio ambiente. Veja abaixo as classificações dos resíduos de saúde segundo a RDC ANVISA 306 de 2004 e Resolução CONAMA 358 de 2005: 

Grupo A – engloba os componentes com possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção.

Exemplos: placas e lâminas de laboratório, carcaças, peças anatômicas (membros), tecidos, bolsas transfusionais contendo sangue, dentre outras.

Grupo B – contém substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.

Exemplos: medicamentos apreendidos, reagentes de laboratório, resíduos contendo metais pesados, dentre outros.

Grupo C – quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN,

Exemplos: serviços de medicina nuclear e radioterapia etc.

Grupo D – não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.

Exemplos: sobras de alimentos e do preparo de alimentos, resíduos das áreas administrativas etc.

Grupo E – materiais perfuro-cortantes ou escarificantes

Exemplos: lâminas de barbear, agulhas, ampolas de vidro, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, espátulas e outros similares.

 

Quais problemas a destinação incorreta desses resíduos pode causar ao meio ambiente/população?

Segundo os órgãos reguladores que definem as políticas públicas para gerenciamento de resíduos de saúde, existem duas situações que apresentam um maior risco para a saúde ocupacional e para o meio ambiente: 

  •  Para a saúde ocupacional de quem manipula esse tipo de resíduo, seja o pessoal ligado à assistência médica ou médico-veterinária, seja a equipe relacionada ao setor de limpeza e manutenção;
  •  Para o meio ambiente, como decorrência da destinação inadequada de qualquer tipo de resíduo, alterando as características do meio.

Justamente por muitos resíduos derivados da área de saúde possuírem características consideradas como perigosas em suas composições, a destinação deve acontecer de maneira correta. Caso contrário, infecções de solo, contaminação de corpos hídricos e até problemas na saúde pública podem facilmente acontecer. 

E para evitar esses riscos para a sociedade, a necessidade de um gerenciamento de resíduos eficiente torna-se presente. Preservar os recursos naturais, o meio ambiente e o bem estar dos trabalhadores é possível. Contando com uma equipe especializada no gerenciamento de resíduos, todo o processo fica mais prático. 

 

E a Pró-Ambiental está há mais de 15 anos atuando nessa área, sendo uma grande referência no mercado de resíduos em Lavras. Entre em contato conosco!

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