Classificar e caracterizar resíduos, apesar de soarem como termos parecidos, são duas fases bem diferentes durante o processo de gerenciamento residual dentro de uma empresa. Cada uma apresenta particularidades que devem ser respeitadas.
Enquanto a caracterização se mostra uma fase em que são definidas as propriedades físicas, biológicas e composições químicas de um resíduo, a classificação se baseia em identificar as atividades que originaram o resíduo.
No decorrer desse texto, vamos te explicar de forma detalhada as diferenças mais significativas entre a classificação e caracterização de resíduos.
O que é a caracterização dos resíduos?
Chegando na fase final do gerenciamento, a destinação final, é necessário que se tenha um conhecimento prévio sobre as características físicas, químicas e biológicas de cada resíduo. Essas informações são imprescindíveis para que o resíduo seja destinado da forma adequada para suas composições.
Dessa forma, a caracterização, como o nome sugere, é a fase em que essas propriedades são identificadas e registradas. Com esses dados em mãos, a destinação final será realizada de maneira personalizada, levando sempre em consideração as caracterizações encontradas em cada resíduo.
A primeira fase desse processo de caracterização consiste em uma descrição minuciosa das origens do produto, além de outras informações referentes ao estado físico, cor, odor e grau de heterogeneidade.
Na segunda fase, é avaliado o estado físico, o processo que se originou, a atividade industrial que o resíduo pertence e qual seu constituinte principal. E por fim, a terceira fase tem como objetivo definir a destinação final do resíduo.
O que é classificação dos resíduos?
Já no caso da classificação, o foco principal é identificar tanto os constituintes residuais quanto os processos que deram origem ao resíduo e, em um segundo momento, realizar uma comparação destes constituintes com a listagem de substâncias que tragam algum impacto para o meio ambiente.
No Brasil, essa classificação é realizada por meio da NBR 10.004/04 da ABNT, que visa a identificação de eventuais riscos para o meio ambiente que os resíduos podem causar.
Segundo a ABNT, as classificações dos resíduos são:
- Resíduos Classe I – Perigosos: Resíduos que apresentam características como reatividade, toxicidade, corrosividade, inflamabilidade, etc. Exemplos: restos de tinta, material hospitalar, produtos radioativos.
- Resíduos Classe II A – Não inertes: Resíduos que não se encaixam nas classificações de resíduo Classe I ou resíduos de classe II B. Costumam possuir propriedades como combustibilidade ou solubilidade na água. Exemplos: restos de madeira, fibras de vidro, gessos e lixas.
- Resíduos Classe II B – Inertes: São resíduos que, quando entram em contato estático e dinâmico com a água deionizada ou destilada em temperatura ambiente, mantém seus constituintes com concentrações que perpassam aos padrões naturais de potabilidade da água. Exemplos: areia, sucata, entulhos de demolição.
Saber as particularidades existentes entre a classificação e a caracterização de resíduos é um ponto de extrema importância para realizar um gerenciamento de resíduos eficiente e correto em sua empresa.
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